Durante a sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Soledade, realizada nesta segunda-feira, 1º de abril, um projeto que pedia autorização para um financiamento de até R$ 24 milhões foi o centro das atenções e acabou sendo rejeitado após um empate na votação e o consequente voto de minerva do presidente da Câmara, Miguel Adones de Campos.
O projeto de lei nº 08/2024 propunha alterar a Lei Municipal nº 4.472/2023, acrescentando a alínea “f”, para incluir garantias adicionais necessárias para a liberação do financiamento pelo Banco do Brasil, destinado à pavimentação de ruas e aquisição de equipamentos.
A sessão, que teve início com um atraso de aproximadamente uma hora e meia devido à lotação máxima da casa, estimada em 131 pessoas, contou com a presença de um público expressivo interessado no debate do projeto 08/2024.
A situação levou à solicitação de uma vistoria à Corporação de Bombeiros para avaliar a segurança do local. Com a impossibilidade de acomodar todos os interessados dentro do legislativo, várias pessoas acompanharam a sessão por meio de uma televisão instalada na entrada da Câmara de Vereadores, enquanto a Brigada Militar foi acionada para garantir a ordem no local.
Durante o espaço do grande expediente, o presidente criticou a ausência da prefeita nas discussões importantes e sua atitude de pressionar os vereadores por meio de declarações públicas que colocam a população contra a Câmara, principalmente em relação à votação do projeto de R$ 24 milhões destinados a asfaltamentos e outras infraestruturas.
Miguel Adones de Campos fez uma comparação com práticas anteriores, elogiando a abordagem do ex-prefeito Paulo Ricardo Cattaneo. “Exemplo de político dentro do nosso município, que tinha a humildade e a coragem de vir e conversar com os vereadores quando existia um projeto polêmico”, pontuou.
A votação sobre o projeto resultou em um empate, com seis votos a favor e seis votos contra. Os vereadores Marcelo Calegari, Pedro Romário Marafon, Récio Eduardo Cappelari, Edivaldo da Silva dos Santos, Eli de Macedo Arruda e Juarez da Rosa Moraes foram favoráveis.
Em contrapartida, Renato Berté Filho, Adão Dorli de Oliveira, Douglas Portela Perin, Gustavo Luís Baldissera, Ilânio Casagrande Guerra e Lúcio Eugênio Bueno Dias manifestaram-se contra a proposta. Diante dessa votação, Miguel Adones de Campos, exerceu seu voto de minerva, votando pela rejeição do projeto de lei nº 8/2024.